domingo, 21 de novembro de 2010

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

ESSE É MEU NATAL DE Nº 84!


Esse é o meu Natal de nº 84!



Muitos Natais, muitas histórias, cada qual com uma cor e emoção diferentes, mas na essência prevalece o espírito cristão.

O Natal leva-me a longínqua cidade de Belém.

Vivencio a aflição de Maria prestes a dar a luz, e sem encontrar um cantinho, para aconchegar seu Menino.

De todos os Natais, sem dúvida, os da minha infância tinham muito de sonho, de encantamento daquela menina que sonhava de olhos abertos, era uma vida pequena, tão singela.

Mas pra mim tinha o tamanho do mundo!

Os Natais da minha infância tinham gosto de cucas feitas em casa.

Receitas antigas, ovos caipira, manteiga, feita com a nata do leite da vaquinha Malhada, que mugia no curral.

Ela tinha suas manias, só deixava tirar o leite, em troca de uma boa porção de pastinho gostoso.

Éramos felizes com os preparativos,quando chegava a noite de Natal, dava vontade de chorar!

Hoje fico na dúvida, se o choro, era pura emoção, ou se tinha a ver com a figura de Papai Noel, que não tinha nada a ver, com o velho risonho e fanfarrão de hoje...

Aquele trazia uma vara de marmelo, para acertar as contas com os alunos relapsos e as crianças desobedientes.

Lágrimas não o comoviam, nem tremedeira, melhor seria andar na linha, ler pela cartilha dele.

O danado do "Velho" não tinha pressa, ficava numa prosa sem fim, parece que nunca foi criança, ou então esqueceu?

E nós de olho espichado no saco dos brinquedos.

Depois de muito esperar, finalmente os presentes, e surpresas também, nem sempre o brinquedo correspondia a expectativa.

Passado o primeiro impacto, tudo era alegria...

Os olhinhos brilhavam mais que a estrela do presépio!

O tempo é implacável, não corre, voa. Cresci me tornei adulta assumi responsabilidades, nasceram os filhos, outros Natais, dinheiro curto, Natal magrinho...

Os filhos pequenos faziam cara de:

- Só isso mãe?

Não imaginavam o tamanho do estresse ate chegar à só aquilo!

Depois vieram os netos, outros Natais!

Agora são os bisnetos e a vida continua!!!

No girar do mundo, eu envelheci, mas ainda me reconheço bem lá no intimo do meu ser...

Continuo aquela menina que sonhava de olhos abertos!!!!

Feliz Natal!!!



Norma Figueredo

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

PARA PEQUETITA

Para Pequetita

Minha alegria era tua alegria,
festejavas os meus afetos,
teus olhos sorriam
no sorriso deles.

Buliçosas crianças
entregues aos folguedos infantis.
Vivenciamos emoções,
fomos cúmplices.

Mas na vida tudo tem seu  ciclo,
não se permite burlar o tempo.
Um dia o veu negro da morte,
embaçou teu olhos que sorriam.

Não tem mais alegria
nem tropelias no jardim.
Só restou a saudade,
minha fiel amiga canina.

        Norma Figueredo          


DESTINO!

Destino

O destino é cruel, tece teias, aprisiona sonhos.
Brinca com a vida, trapaceia.
Atira ao vento, anseios e sentimentos,
Desfaz a alma em fragmentos.

Triste sina ser refém do acaso,
viver na luz, mas de olhos vendados.
Pensar e não decidir,
apenas esperar que se cumpra
o mau fado.

Mais que isso, é tomar as rédeas da vida.
Disparar sem brida.
Somos nós que construimos
o nosso destino!
                        
Norma Figueredo

AZUL NO AZUL...

Azul no Azul

Voas livre no azul infinito.
Nas tuas asas frágeis  levas meus sonhos.
Diz à elas- as estrelas retardatárias,
que o sol se desfaz em ouro, na manhã
recém desperta.

Pequeno pássaro azul,
a morte silenciou teu canto,
que era também meu canto
na manhã recém desperta.

Quando a noite vier
mergulharei nos teus mistérios,
buscarei teu canto
pequeno pássaro azul.

E quando minha alma se abrigar
na aurora dos tempos, lá ouvirei teu canto
que era também o meu canto. 

Norma Figueredo